Admito que estou só...
Admito ainda,que por vezes tantas,essa solidão se faz demasiado extenuante.
Admito ainda,que estar só,é mesmo uma escolha pessoal do momento...
Admito que por vezes tantas ,busquei estar com alguém...
No entanto,estar acompanhada,não me garante ,em absoluto,que não estarei só...
Estar só,e de bem comigo ,com a vida ,é oque tento vivenciar...
Muito embora,por vezes tantas ,é demasiado difícil,esta solidão.
Queria estar com alguém ,que penso, ainda não ter conhecido...
Não sei ao certo,se esta pessoa se encontra mesmo hoje no planeta...
Mas estou bem,com minha solidão...
Ela as vezes,é boa companheira...
Não sei mesmo ,se ainda acredito no amor romântico...
Essa forma tão mágica e efemera de amar...
Desejo alguém que não existe (penso eu!)...
Alguém que de fato,é demasiado capaz de amar-me e garanta-me a felicidade de assim também amar...
Acredito que essa utopia é oque nos leva a caminhar...e jamais chegar a lugar algum.
Não sei ao certo se oque vivi foi um amor...ou uma ilusão...
Eu era estranhamente feliz e incrivelmente infeliz nesse "amor".
Que de bom só deixou mesmo,a ausência.
A dor que causou,foi tanta,que tive ,por vezes tantas ,a sensação que faltava-me (literalmente!) um pedaço do meu corpo físico e de minha alma.
As marcas foram tantas,a perda foi de alguma forma ,tão absurdamente insana...
Que hoje,não creio mais no amor verdadeiro entre um homem e uma mulher...
Se o cito,é apenas nos meus delírios poéticos...Nos fragmentos da minha alma que ficaram pelo caminho,e ainda hoje ,teimo em recolher...
Pedaço a pedaço ,vou juntando esses fragmentos e ,pouco a pouco reconstruo-me.
Mas nessa "reforma" intima,pouco sobrou dos meus sonhos,pouco que consiga aproveitar...
Preservei minha alegria,benção do meu próprio ser...
Minha identidade...
Colei os pedaços que se fragmentaram,mas percebo que da minha própria capacidade de amar,pouco ficou...
Amo sim,mas de forma universal...
Amo a vida,meus filhos...
Amo o amor dos meus amigos...meus dias...
Amo até mesmo oque sobrou das minhas crenças e certezas...